A Educação é o caminho para o desconhecido. A aventura de
conhecer é fonte inesgotável. Achar essa fonte é o mesmo que buscar um tesouro
num lugar desconhecido.
Quando se fala em educar logo vem a mente, mesmo que de maneira
implícita, o verbo educare do latim
que vem de outro termo latino educere,
vocábulo com um prefixo ex, fora, e ducere, conduzir. Aplicando o
significado tem-se conduzir para fora.
Tomando, aqui as palavras de Sócrates, “conhece-te
a ti mesmo”, aplicadas à Educação, se chega ao ápice daquilo que é o seu escopo:
tirar de dentro para fora o conhecimento que prepara o ser humano para
ser-no-mundo.
Tamanha é essa aventura de viajar pelo conhecimento. Essa viagem
conduz cada ser em processo de conhecer – que todos o são – para uma fonte
inesgotável. O conhecimento brota de uma profundidade que produz e jorra límpida
água sobre quem se aventurar a buscar a fonte. Para este processo existe o
mediador que orienta por onde caminhar, porém é o aventureiro quem caminha para
mergulhar no oceano do conhecer.
Esse processo requer disciplina, vontade e, acima de tudo,
querer pensar. E por falar em pensar, é o mesmo que dizer: viver na sociedade
do não-pensar. Pensar é coisa do passado. Pensar é para os velhos. Pensar é ridículo.
Pensar é ser fora da lei. Tudo pra dizer que a tecnologia pensa por nós. Para
que fazer esforço se é melhor ter tudo pronto? A superficialidade do ser-em-construção
cedeu espaço para o ser-em-hibernação. Sim! Vive-se a hibernação do
conhecimento, da educação, pois não se tem vontade de buscar a fonte
inesgotável do conhecer. Isso quer dizer, se vive na superficialidade do conhecimento.
Para que conhecer se tem conhece por mim? Na atualidade eis o grande desafio:
fazer a transformação do ser-pensante-hibernado para o ser-pensante-em-construção.
Alcançando esse transformação se chega ao tesouro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário